sexta-feira, 24 de julho de 2020

Lírio entre Espinhos (Cantares 20)





O amor é raro.
Cândido...
Vive, intacto, por anos sem fim.
Sofre.
Abraça o ser amado até em imaginação.
Corpos são corpos...
O Amor é incorpóreo.
corporiza-se.
Manifesta-se em seres.

O amor é de ser.
De não ser.
De ter.
De não ter que ter.
O amor é caminho que se vai.
É ida...
Vinda.
Vida.

Colher o amor é cheirar suas pétalas, machucando os dedos em seus espinhos.
O amor (...)
Ama.

Há quem ame em gotas (...)
O amor é de abrir comportas.

Eu quero é morrer de tanto amor!
...e que a ilusão custei o enterro.


Gutiérrez Del´Amar

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