quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Meus olhos tem sede de Beleza.

 


Meus olhos tem sede de beleza.

Não gosto de espertezas...

Beleza combina com misturas:

O Sol suave...

A brisa que nasce.

A Lua no inicio do sono.

A voz, doce, da pequena.

A canção aconchegada ao peito, quando esquenta.

A fala verdadeira.

A planta trepadeira.

A manga rosa no galho da mangueira.

O sorriso da criança.

A critica com temperança.

A verdade que nunca cansa.

A brincadeira de se esconder.

O beijo que ao coração, faz amolecer.

A vontade de quem quer viver.

Pôr do Sol que vai descendo.

A areia na montanha que desenha quando sai correndo.

O pássaro que voa sem medo.

O colo que sempre traz sossego.

A fruta, pintada por Deus, de vermelho.


Meus olhos tem sede de beleza.

O rabisco de um poema.

O mar agitado quando se assenta.

A frase que se sustenta.

O riso espontâneo.

O pobre que o pão, sai compartilhando.

O silêncio que tudo fala.

A voz justa que nunca cala.

...e o amor que tudo sara.



Gutiéreez Del ´Amar

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Céu de Agosto



Há Céu para todo gosto.

Há riso para todo rosto.
Há um suspiro para todo assopro.
Há uma veste para todo corpo.


Há um click para todo jogo de ombros.
Há um olhar para todos os campos.
Há um canto para todos os cantos.


Há uma boca para todo beijo.
Há um café para todo queijo.
Há um aceno para todo cortejo.


Há sempre um amor para toda menina.
Há sempre um brinquedo na esquina.
Há sempre uma fala que deve silenciar, diante de uma profunda retina.


Há quem se irrete por causa do rotina.
Há quem crie alguma coisa escrevendo cartinhas.
Há quem agora tenha, quando antes nada tinha.


Há um Deus para a oração.
Há sempre um alivio para o coração.
Há sempre um sim, depois de muitos nãos.


Há vida que não pode passar.
Há um laço que tem que se quebrar.
Há uma alegria que se deve buscar.

Há a expressão do rosto.
Há um piscar de olhos, posto.
Há um olhinho fechado meio maroto.

...e há assim, bem desenhado, o Céu de Agosto.



Gutiérrez Del ´Amar