domingo, 3 de julho de 2011

A-conchego






...e depois que te encontrei, desejo:
Que teu seio seja sempre meu ninho.
Que tua boca seja o lugar onde me sacio.
Que os teus braços sejam  rede de descanso.
Que os teus olhos que cantam sejam pra sempre meu encanto, meu canto, meu cântico...
Que a ladeira de estrada rápida que vai do teu pescoço até o teu umbico seja meu rio onde banho o ser.
Que tuas pernas, torres que sustentam o meu desejo, sejam na medida do tempo o meu
mais belo desenho.

...e depois que te encontrei, desejo:
Desejo não desejar mais nada.
Desejo seguir contigo a mesma estrada.
Desejo te sugar sem pressa apressada.
Desejo te amar na cama ou na sala.
Desejo compartilhar contigo o teu sabor que me cala.

...e depois que te encontrei, desejo:
Que tu sejas minha.
Que eu seja a brasa que te deixa quentinha.
Que nas primeiras palavras da noitinha,
tu sejas a voz que me convida para viver a
noite mais linda da minha vida.

...e depois que te encontrei, desejo:
Que estejas comigo ontem.
Que estejas comigo hoje.
Que estejas comigo amanhã.

...e estejas comigo depois de amanhã.
...e depois do depois de amanhã.
Até que o amanhã seja em nossa vida, sempre como hoje.







Gutiérrez Del`Amar

2 comentários:

  1. "A-conchego que é desejo de ser, estar, pertencer, permanecer...hummm, isso é muito bom".

    'Que tuas pernas, torres que sustentam o meu desejo, sejam na medida do tempo o meu
    mais belo desenho.' Uíiiiiiiiiii...reticências para o que é...

    Muito muito bom bom!!!
    Bjkit's

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  2. Rs...seus escritos são a-fiados, garota.

    Muito Grato!

    Bjs!

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