Ela começo cedo...
O rasgo no estomago e o intenso grunhido, manifestava fome.
Tirou a linha fina de sua teia sobre si.
Trocou de roupa e desceu.
Ainda o Sol não havia nascido e lá estava ela: dançando sobre os seus fios.
Teia.
De olhar carente, fingia ser adulta, mas era a sua primeira experiência.
Faminta (...) a fome da juventude não escolhe o que comer.
As linhas finas de sua teia ainda destilavam um óleo viscoso...
...derreteu devido o fogo de suas entranhas.
Desenhou uma casa com pequenas aberturas, o suficiente para dar uma falsa esperança a sua vitima.
Agora ela descansa no canto.
Quase imperceptível, ela só respira o ar que lhe é necessário.
A mosca ziguezagueando em sua dança inocente, sem saber, flertou com a teia.
Seus olhos, escuros e brilhantes eram a teia.
A mosca, grudada na teia de seus olhos (Inútil tentar fugir), adormeceu sem saber que estava sendo sugada.
Agora, satisfeita, ela se encosta ao lado, indefesa, esperando também, ser devorada.
Gutierrez Del` Amar